Quase 1 ano depois, a morte suspeita no P.A Norte permanece sem respostas


Saiba quais são as novidades sobre o caso

Em 23 de janeiro, o Portal noticiou que no dia 05/01/2025, no final da tarde, Silvano Batista foi encontrado caído e desacordado na rua, no bairro Vila Nova. Populares acionaram o SAMU, que ao chegar encontrou Silvano em quadro de hipoglicemia. Ele foi medicado, recobrou a consciência e foi encaminhado ao P.A Norte para atendimento.
P.A Norte, deu entrada às 17h03. Às 17h39, passou pela triagem e foi classificado como “amarelo”. Em seguida, foi colocado em uma área de isolamento sob a justificativa de que estaria “sujo”, conforme consta no prontuário médico. Foram coletados exames de sangue, administrados alguns medicamentos e Silvano permaneceu sozinho na área isolada.

Às 19h40, o prontuário registra a última checagem de monitoramento clínico — até então, com sinais vitais estáveis. Porém, às 21h17, Silvano foi encontrado morto, sentado em uma cadeira no mesmo local. O registro indica que o óbito ocorreu às 20h40, e chama atenção o fato de que a médica plantonista teria se recusado a assinar o formulário de atestado de óbito. O documento permanece sem assinatura do responsável.
O óbito foi registrado como “motivo desconhecido”. Mais inquietante ainda é saber que o paciente, internado e aguardando exames, ficou sozinho e sem qualquer monitoramento clínico por pelo menos 1h37min — justamente no intervalo em que veio a falecer. O prontuário aponta que sequer foi possível realizar manobras de reanimação. A causa da morte não foi identificada e, ainda assim, nenhuma necrópsia foi solicitada para esclarecer o que realmente levou Silvano à morte. Teria havido algum tipo de falha de protocolo? Uma omissão? Falta de fiscalização? Por que um paciente consciente e classificado como amarelo foi completamente isolado e deixado sem supervisão?

O que se sabe até o momento, segundo a Polícia Civil

O caso foi levado à Polícia Civil por meio de Boletim de Ocorrência, acompanhado de prontuário e demais documentos. Um Inquérito Policial foi instaurado para ouvir envolvidos e reunir informações.
Ainda em janeiro, a família — representada por advogada — solicitou que a Delegacia preservasse as imagens das câmeras internas do P.A Norte. A 1ª Delegacia informou ter requisitado as imagens e iniciado oitivas. A primeira a ser ouvida foi a médica que constava no sistema como responsável pelo atendimento, mas que, segundo seu próprio depoimento, não teria atendido Silvano e só teria sido chamada após o óbito.
A informação mais recente obtida é que o médico que efetivamente teria realizado o atendimento seria ouvido pela delegacia. Entretanto, o conteúdo das imagens solicitadas permanece desconhecido até hoje — inclusive pela família.
A morte ocorreu em 23 de janeiro. Agora, quase um ano depois, a família ainda vive sem respostas. Até quando?

Até o fechamento desta matéria, ainda aguarda-se retorno da Prefeitura de Joinville e da Secretaria de Saúde para informar se houve ou não qualquer procedimento de apuração interna sobre o ocorrido.

Escrito por Milena Tomelin

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