Foto: ONU/ Mark Garten
A abertura da Assembleia Geral da ONU, nesta terça-feira (23), foi marcada por trocas indiretas entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A própria ONU divulgou uma foto em que Trump aparece assistindo ao discurso do brasileiro.
Em sua fala, Lula defendeu a democracia e afirmou que ataques ao Judiciário brasileiro são “inaceitáveis”. O presidente também criticou “falsos patriotas” e rejeitou a possibilidade de anistia a quem atentou contra o regime democrático, em referência aos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) condenados por tentativa de golpe de Estado. Lula ainda destacou que a soberania do Brasil é “inegociável”, defendeu a regulação das redes sociais e classificou como “genocídio” a ofensiva de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza.
O petista também mencionou a necessidade de ação global contra as mudanças climáticas e convidou os líderes presentes para a COP30, marcada para 2025, em Belém (PA).
Já Donald Trump, ao discursar, voltou a criticar o Brasil. Segundo ele, o país “enfrenta grandes tarifas” em resposta a práticas que, na visão do governo norte-americano, representam censura, perseguição política e corrupção judicial. Ainda assim, o republicano adotou um tom incomum ao dizer que teve “uma química excelente” com Lula, a quem descreveu como “um cara muito agradável”.
Apesar do aceno positivo, diplomatas brasileiros avaliam o momento com cautela, diante do histórico de críticas de Trump ao Brasil e às instituições internacionais.

